Certamente você já calculou quais são seus gastos mensais com alimentação, saúde, moradia, transporte e educação dos filhos. Mas você já simulou o quanto teria de juntar em uma poupança para garantir os estudos das crianças até a formatura, incluindo os cursos de idiomas e esportes? Ou, em caso de um acidente que o afastasse do trabalho temporariamente, você já parou para pensar no quanto teria de ter poupado para cobrir os gastos mensais e manter o padrão de vida de sua família?
Tente, agora, refletir sobre os momentos da sua vida em que você passou algum tipo de dificuldade financeira. O mais provável é que você tenha sido surpreendido por um evento extraordinário, como, por exemplo, a perda do emprego ou algum problema de saúde que afetou o seu orçamento.
Justamente para estas e outras situações é indicado o seguro de vida. É ele quem pode protegê-lo do impacto financeiro que um determinado evento futuro e inesperado pode lhe ocorrer.
Ao contratá-lo, você garante que terá direito ao recebimento de uma determinada quantia, também conhecida como indenização ou cobertura, reduzindo o impacto financeiro que este evento terá no seu orçamento. Hoje em dia já é possível encontrar seguros para a cobertura dos mais variados riscos.
O escolar, por exemplo, tem como objetivo principal quitar diretamente, perante a instituição de ensino, as mensalidades escolares se o responsável pelo pagamento ficar desempregado, impossibilitado temporariamente de desempenhar suas funções por causa de um acidente ou doença (por um período de entre três e seis meses), inválido ou morrer (até o final do atual ciclo ou até o aluno concluir seus estudos).
Para quem o contrata, o seguro funciona como uma bolsa, uma vez que garante a continuidade dos estudos nas situações de impossibilidade de pagamento das mensalidades. Para a instituição que o oferta, o seguro é uma maneira de reter o aluno, e funciona como uma alternativa à redução da inadimplência, uma vez que o desemprego é o principal motivo da evasão.
Outro seguro importante, que pode ser um grande colchão em situações extraordinárias, é o que indeniza o titular quando ele é diagnosticado com doença grave, como o câncer, por exemplo.
Nesta modalidade de seguro, o valor da indenização pode ser utilizado para cobrir os custos do tratamento. O seguro garante, ainda, a prestação do serviço funeral ou reembolso dos gastos com sepultamento ou cremação em caso de falecimento do segurado.
Apesar de o seguro de vida ser um importante instrumento de apoio ao planejamento financeiro da família na falta do principal provedor, ele ainda tem baixa penetração no país.
Pesquisa da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), entidade que representa 75 empresas que comercializam produtos de seguros de pessoas e previdência complementar aberta, e o Instituto Ipsos, divulgada em novembro de 2014 apontou que a maioria dos brasileiros (66%) se preocupa com situações imprevisíveis no futuro, mas só 35% toma alguma iniciativa para se precaver de imprevistos futuros e que apenas 18% têm algum seguro pessoal contratado.
A modalidade com maior aceitação entre os consumidores brasileiros é o seguro funeral, que cobre despesas com sepultamento e procedimentos burocráticos em caso de falecimento do segurado.
Não ter renda disponível para adquirir uma apólice é a principal dificuldade para 53% da amostra analisada. Outros 44% dizem nunca ter se interessado por contratar um seguro, e 15% declaram achar o preço alto para o benefício que o produto oferece. Outros 5% disseram não ter informações suficientes para adquirir um seguro e 1% disse não acreditar em seguros.
A pesquisa teve por base entrevistas domiciliares com 1,5 mil indivíduos (53% do sexo feminino e 47% masculino) das cinco regiões do país, das classes A/B, C e D/E.
Por fim, e não menos importante, os seguros de vida não entram em inventário e não são passíveis de penhora para pagamento de dívidas. Como a cobertura é recebida pelo beneficiário em até 30 dias do aviso de sinistro, as despesas com a documentação podem ser facilmente resolvidas, sem impactar no orçamento familiar.
Por todos esses exemplos posso assegurar que o seguro ajuda no seu planejamento financeiro porque, em vez de ser surpreendido com uma despesa extraordinária, que não se pode estimar, você se planeja e se protege, pagando todos os meses uma prestação fixa e pequena, que cabe no seu bolso.
Um último lembrete: o seguro não deve ser visto como um substituto à formação de um patrimônio. Mas como uma forma inteligente de melhorar a qualidade dos seus gastos, uma vez que se trata de uma despesa que protege o seu orçamento de riscos.
Fonte: https://www.revistaapolice.com.br/2015/06/planejamento-financeiro-e-os-seguros-de-vida/